sábado, 18 de abril de 2020

Kung Fu: entrevista com Gustavo Rodrigues.

Essa é uma entrevista com o professor de kung fu Gustavo Rodrigues. Gustavo possui vasta experiência com a arte marcial chinesa kung fu, sendo penta campeão brasileiro e vice-campeão mundial, além de professor também é atleta na modalidade. Assista à entrevista e conheça um pouco sobre um dos projetos que o Gustavo conduz.


   Essa entrevista com o Gustavo Rodrigues mostra um pouco do projeto "Kung Fu e Práticas Orientais" que é desenvolvido há mais de quatro anos em Tupaciguara, no interior de Minas Gerais. Tupaciguara é uma cidadezinha com pouco mais que 25 mil habitantes e fica há 70 km de Uberlândia no coração do Triângulo Mineiro e não tinha aulas de kung fu antes de 2016. De quatro anos para cá essa história mudou. 
    Escrevendo uma nova página na história das artes marciais tupaciguarense nossa prática começou como um projeto de extensão vinculado à Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e teve início com o Prof. Dr. Guilherme Amaral Luz, que conduziu o projeto nos três primeiros anos. Nesse início o projeto foi uma iniciativa da E. E. Sebastião Dias Ferraz junto com o Instituto de História da UFU, através do Guilherme, e a ONG Casa Plural de Tupaciguara, mas desde do início do projeto o prof. Gustavo sempre deu suporte. Na ocasião o projeto se chamava "Kung Fu: interface entre prática de arte marcial e ensino e aprendizagem em humanidades" e o Guilherme se deslocava de Uberlândia todos os sábados para ministrar suas aulas de kung fu em Tupaciguara.

       (Cartaz de divulgação do projeto entre 2016 e 2018)


   Porém, no final de 2018, o prof. Guilherme teve deixar o projeto, o que levou o prof. Gustavo, que já era apoiador de nossa prática, a assumir as aulas.

(Na ordem, Gustavo Rodrigues, Guilherme A. Luz e Fabrício P. Monteiro 
em demonstração de treino com bastão em maio de 2016 em Tupaciguara, MG)

    Hoje, 18 de abril de 2020, o projeto está com quatro anos de existência e um ano com o Gustavo Rodrigues à frente. Gustavo, assim como o Guilherme fazia, se desloca de Uberlândia até Tupaciguara para ministrar as aulas.

(Rota de Uberlândia à Tupaciguara, MG)


    O projeto passou a se chamar "Kung Fu e Práticas Orientais" e continua sendo uma iniciativa da E. E. Sebastião Dias Ferraz, onde as aulas, abertas à comunidade e sem fins lucrativos, acontecem uma vez por semana aos sábados. Algumas imagens dos treinos:






 Do início do projeto até o momento aconteceram dois exames de faixas que graduou vários participantes e um novo exame está agendado para o primeiro semestre de 2020 (aguardando apenas passar a quarentena devido ao COVID-19 passar).

(Primeiro exame para aquisição da primeira faixa de kung fu 
da história de Tupaciguara em julho de 2016 e alguns dos que se graduaram)  


   O projeto Kung Fu e Práticas Orientais conta com uma média de quinze integrantes que participam assiduamente das atividades, muitos estão no projeto desde a inauguração, e mais uns dez que participam não tão assiduamente, mas que possuem grande admiração pelo kung fu e o projeto como um todo.
   Dentre as pessoas que participam estão homens e mulheres de variadas faixas etárias. São integrantes vão dos oito anos de idade até adultos com mais de cinquenta anos de idade. Mas a maior parte são adolescentes de ambos sexos.
     Finalizo expressando o meu apreço por esse belíssimo projeto do qual faço parte antes mesmo de entrar em vigor, quando ainda era apenas uma ideia. Hoje, quatro anos depois do ponta pé inicial, consigo ver o impacto de tal projeto na comunidade local, tanto no âmbito escolar, como fora da escola. São jovens que cursavam o Ensino Médio e hoje cursam o Ensino Superior, mas mesmo assim fizeram questão de continuar no projeto e reconhecem as contribuições positivas que este trouxe à suas vidas. Sou fã como praticante de kung fu e como educador, e desejo vida longa a esse projeto que ainda nos trará grandes resultados na formação humana, na cidadania e, não tenho dúvida, no atletismo. 

Em breve trago mais notícias.

Até a próxima!

Marcelo Silva.