Eis um espaço destinado à interação coletiva, respeitando a individualidade e autonomia; ideal para amadurecer ideias, discutir propósitos, expressar as interiorizações e fortalecer amizades. É de extrema importância que você sinta-se livre para expor sua opinião, levando sempre em conta o respeito ao próxim@... entenda esta comunidade como uma grande roda de bons e velhos amigos/amigas, que não sentem pudor em desenvolver uma boa e saudável discussão e no final saírem todos abraçados.
Lembro-me que um de meus primeiros contatos com a poesia foi no anos iniciais do fundamental. Confesso que a poesia não despertava muito minha atenção. Assim continuou sendo até os anos finais do fundamental e início do ensino médio, onde conheci algumas poesias que até me despertaram algumas sensações, porém nada de grandioso; não que estas não fossem grandes obras, mas eu não estava pronto para absorver a carga que uma poesia pode nos transportar. Comecei a trabalhar aos 13 anos com ritmo de empolgação muito alto, passaram-se os anos e minha empolgação transformou-se em desanimo. O motivo eu não sabia, nem compreendia ao certo o processo no qual eu estava inserido. Até que aos 17 anos eu conheci a poesia de João Cabral de Melo Neto; a obra era "Morte e vida severina". Lembro-me que a li e a cada estrofe meus olhos margeavam de água enquanto eu era arrebatado por um sentimento de indignação, de pena, de inconformidade e emoção ao descobrir que eu era um "Severino", da "Serra do Costela" magra e ossuda, que morre de velhice sol a sol antes dos trinta, nas emboscadas da vida antes dos vinte e de fome grão a grão de areia que passa por essa ampulheta metafísica chamada vida. E quando olhei pro lado vi tantos "Severinos" com as mesmas cabeças grandes se equilibrando sobre os corpos magros e frágeis, porém fortes como sempre, sobrevivendo e desta forma afrontando a morte que espreita do outro lado da cerca, esperando os corpos, de mesma essência e pouca tinta, se entregarem à descrença. João Cabral de Melo Neto me mostrou a vida e alguns motivos pelos quais ela precisa ser vivida, pois como me expresso em uma de minhas poesias, "(...) Vivida pra ser vida, Ser vida como comida, Com idas e vindas, A vida se vê consumida (...)"*. Foi em "Morte e vida severina" que pude perceber o potencial de uma poesia e pude compreender porque os versos uma poesia não podem ser substituídos por outra linguagem, ainda que possam se interligar a outras artes. O poeta, dirá Dilthey, é aquele que sem pretensão de dizer a realidade acaba por dizê-la da forma mais íntima e verdadeira, pois todo interno busca expressão no externo.
Morte e Vida Severina em Desenho Animado é uma versão audiovisual da obra prima de João Cabral de Melo Neto, adaptada para os quadrinhos pelo cartuinista Miguel Falcão. Preservando o texto original, a animação 3D dá vida e movimento aos personagens deste auto de natal pernambucano, publicado originalmente em 1956.
Em preto e branco, fiel à aspereza do texto e aos traços dos quadrinhos, a animação narra a dura caminhada de Severino, um retirante nordestino, que migra do sertão para o litoral pernambucano em busca de uma vida melhor.
TV Escola
Coordenação Geral de Produção SUPERVISÃO GERAL DO PROJETO Érico Monnerat
Morte e vida severina (animação baseada na obra de João Cabral de Melo Neto). In: YouTube.
Postado em: 02 Out. 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=_gGnN4It8Dc> Acessado em: 08 Set. 2014.
Simplesmente brilhante... "O Emprego" é um curta metragem que nos apresenta de forma irônica o cotidiano do homem contemporâneo, além de permitir várias análises e críticas que perpassam desde a estrutura econômica à social, entre tantas outras. No mais é um curta metragem que dispensa qualquer comentário.
"Curta de animação / curta-metragem de animação Vencedor de 102 prêmios internacionais / vencedor de 102 prêmios internacionais.
Endereço / Direção: Grasso 'Bou' Santiago Idéia: Patricio Plaza Animação / Animação: Santiago Grasso / Patricio Plaza Produtor / Produção Empresa: Opusbou"
Referências
LICENTIA, Henrique. O Emprego. In: YouTube. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=Kxbz6WvNq50 > Postado em: 23 Ago 2013. Acessado em: 08 Set 2014.
Costumamos ouvir em nosso cotidiano que uma andorinha só não faz verão. Esta expressão é utilizada nos mais variados contextos, mas no conto "O homem que plantava árvores" de Jean Giono essa expressão não se fez regra. Nesse conto, cuja história perpassa a primeira e a segunda guerra mundial, Elezéard Bouffier, personagem central junto ao narrador, nos dá um exemplo de ética, humanidade, simplicidade e serenidade ativa. O presente conto nos mostra como o ar que abastece nossos pulmões nos possibilitando vida e o vento que semeia sementes pela terra, podem se tornar gases venenosos em prol do capital e ventos revoltosos e destruidores, a ponto provocar até mesmo a loucura. Inúmeros ensinamentos podem der retirados deste magnífico conto, porém dentre estes o que mais cativou foi demonstração de que o ser humano não precisa ser esse animal destruidor que temos presenciado ao longo da história e que se potencializou com o capitalismo avançado; se seremos destruidores ou edificadores, depende de nossas escolhas e que simples gestos podem se tornar grandes mudanças, ou seja, uma andorinha pode não fazer verão, mas pode fazer a diferença... pois, o que é vida se não um plantio?
Acredito que estes dois vídeos dispensam introdução, portanto vamos ao que interessa:
Vida em Miniatura: um vídeo documentário sobre xadrez
Curta metragem "O Xadrez das Cores" dirigido por Marco Schiavon
Costumamos ouvir que o xadrez é um
passatempo, esporte ou jogo de burguês. Por várias vezes já ouvi que este é um
jogo para ‘nerds’ ou ‘crânios’.
Estes tipos de argumentos fazem parecer que pessoas simples ou
trabalhadores braçais não podem desfrutar deste magnífico esporte. O que é
engano fortemente difundido pelo senso
comum.
Podemos tomar por base Cuba, que é
um país onde o xadrez é altamente difundido, porém, segundo o CIA Word Factbook, no ano de 2010 estava
em sexagésimo oitavo (68º) lugar na escala do P.I.B mundial, enquanto o Brasil,
na mesma pesquisa e ano, estava em sétimo (7º) lugar. Desta forma podemos
perceber que este tipo de argumento acaba sendo mais um temor do novo ou
desconhecido, do que uma verdade.
Porém essa concepção pode ter sido perpetuada devido
à
história
de como este foi criado e por quem era jogado no princípio,
pois segundo Boris Zlotnik (2006, p.11) e seus
colaboradores“o
xadrez é conhecido como jogo de
intelectual há cerca de 1.500
anos. Inicialmente, era considerado
um jogo para nobres, sendo,
inclusive, imprescindível para a
formação cavalheiresca”.
Vejamos
um pouco da história do xadrez segundo o “Curso Básico de Xadrez” de Anderson
Olímpio:
A
invenção do jogo de xadrez se relaciona diretamente com a matemática, a partir
de um antigo pergaminho que relata o seguinte:
Estava enfermo
certo Rei na India e lhe indicaram que deveria se distrair com algo agradável.
Para ele Dahir al-Hindi elaborou o jogo de xadrez. Depois de ter expressado sua
alegria pela invenção, o Rei disse: “Peca uma recompensa”.
Dahir al-Hindi
pediu um dirhem (moeda de prata utilizada pelos árabes na Idade
Média) para a
primeira casa do tabuleiro e que fosse dobrando progressivamente este número a
cada uma das casinhas restantes, a que o Rei comentou: "Me assombra que um
homem como você, capaz de criar um jogo tão maravilhoso, aceite recompensa tão pequena.
Que receba o que pede".
Mas quando o
assunto chegou aos ouvidos de seu Vizir, este se apresentou diante o Rei e
disse: “Precisas saber, oh Rei, que mesmo vivendo mil anos e recolhendo para ti
todos os tesouros da Terra, não poderá pagar o que lhe foi pedido”.
A quantidade que
resulta de dobrar o primeiro número para cada uma das casas do tabuleiro
resulta em: 18.446.744.073.709.551.615.
Esta lenda já
foi contada de muitas maneiras, trocando os nomes dos protagonistas e até o
motivo da recompensa. Porém, os ancestrais do xadrez provavelmente surgiram a
40 séculos antes de nossa era, dada a escrita pictórica e escultura, que servem
para iniciar as investigações sobre o jogo. Ainda que a informação
mais divulgada
durante os últimos três séculos, sustenta que o xadrez foi inventado na Ásia
Central, no noroeste da India.
Foi no último
período da Idade Média, que o xadrez recebe sua denominação atual. O processo
de difusão do jogo ocorre entre os séculos VI e IX quando chega à Europa com a
invasão dos mouros pela península ibérica, Itália e Grécia. Na Espanha o jogo
teve grande desenvolvimento e contou com apoio oficial. Como conseqüência da
assimilação cultural entre os mulçumanos e os católicos. Nesta etapa se publica
o “Libro de ajedrez”, em 1232, durante o reinado de Alfonso X, o Sábio, que
fora o seu autor. A obra mais importante sobre o xadrez na Idade Média foi o “Códice”
do mesmo Alfonso X, Sevilha 1283, cujo original se conserva no Monastério de
Escorial. Também na Espanha aparecem outros livros de importância para a história
do xadrez como o de Lucena (1497) que contém três movimentos das peças antigas
e o livro da “Invencion Liberal y del juego de Ajedrez” (1561) do espanhol Ruy
Lopez de Segura. A Itália contribui com as obras de Carrera (1617) e de Greco
(1688), que foram os precursores do xadrez moderno. No século XVII e princípios
do século XVIII surgiram outros valores como o árabe Felipe Stamma (1735), o
francês Andre Danican Philidor (1740), e os italianos Ercole do Rio, Loky e
Ponziani.
Para o estudo do
xadrez e sua melhor compreensão se propõem a divisão de sua história e desenvolvimento
em dois grandes períodos: o antigo e o moderno.
Antigo: desde
sua origem ate início do século XVII, quando se consolida as regras fundamentais.
Moderno: se
inicia na Espanha e compreende de 1600 até os nossos dias. Para seu estudo foi
dividido em duas etapas, considerando as características técnicas do jogo.
Romântica ou Clássica:
(1600-1886), caracterizada pelos sacrifícios e combinações ao estilo de um dos
mais representativos enxadrista desta etapa, o norte-americano Paul Charles
Morphy, e Cientifica: (1886), definida tecnicamente pelo austríaco Wilhelm
Steinitz, que a partir de um estudo profundo da obra de Morphy e de outros
famosos jogadores da etapa anterior, criou as bases para o estudo do xadrez com
critérios formais.
Wilhelm Steinitz
(1886-1894) é oficialmente o primeiro campeão mundial de xadrez. O titulo de
Campeã Mundial Feminino começou a ser disputado em 1927, em Londres, durante o
Torneio das Nações, nome inicial das Olimpíadas de Xadrez. Vera Menchik foi a
primeira campeã e reinou até a sua morte, em 1944. (OLÍMPIO, 2006, p. 5)
Sem
dúvida o Xadrez é um esporte muito prazeroso e que além de proporcionar lazer, possibilitar
o exercício lógico e matemático, possibilita vários outros benefícios
cerebrais; e não nos esqueçamos de que assim como o corpo, o cérebro também precisa
ser exercitado.
Felizmente o Xadrez vem se tornando cada
vez mais acessível. Através de meios eletrônicos (programas, partidas online,
blogs, vídeos, etc.), atividades escolares, campeonatos, cursos de extensão
oferecidos em Universidades ou mesmo escolas (fundamental e médio), livros,
filmes e o bom e tradicional tabuleiro de Xadrez, que proporciona às pessoas se
encontrarem, se socializarem, refletirem uma boa partida e perceberem as
múltiplas possibilidades que este hobby
pode oferecer.
O filósofo alemão Leibniz, que deu uma
forte contribuição para a matemática e a lógica durante a Idade Moderna,
afirmava que o Xadrez é uma ciência. Já, Amanda Saito Cursino em seu blog
“Exatamente Falando”, veicula a seguinte afirmação:
O
Xadrez é uma arte de grande beleza e apresenta imensa riqueza de
possibilidades. É um passatempo agradável e instrutivo que entreteve grandes
personalidades de nossa história como Napoleão, Einstein, Voltaire, Goethe,
Montesquieu, Benjamin Franklin, Victor Hugo, Machado de Assis e Monteiro Lobato
– para citar apenas alguns. E hoje é um esporte que pode ser jogado não
presencialmente, através de redes de computadores como a Internet, estando o
adversário em qualquer lugar do planeta, e por isso o que mais cresce em
adeptos, sendo já considerado o esporte do novo milênio.[i]
O CBC (Conteúdo Básico Comum) de
Educação Física do Estado de Minas Gerais propõe quatro eixos temáticos, sendo
estes: I – Esporte; II – Jogos e Brincadeiras; III – Ginástica; IV – Dança e
Expressões Rítmicas.
Dentro
do eixo temático II, jogos e brincadeiras o Xadrez é mencionado:
Incluir
os jogos e as brincadeiras populares como o bentealtas, o rouba-bandeira, a
queimada, o tico-tico fuzilado; os jogos de salão, como a dama, o xadrez, o futebol de prego; os jogos
de carta; os jogos derivados de esportes coletivos, como o 21, o corta-três, o
paulistinha, o paredão, o peruzinho; os jogos de raquete, como o pingue-pongue,
frescobol, nos currículos escolares, é
considerar um importante conteúdo presente na diversificada cultura brasileira.
Identificar como os pais, os tios e os avós de nossos alunos brincavam poderá
contribuir para uma reflexão sobre as mudanças e permanências culturais em
nossa sociedade hoje. Analisar a influência dos jogos eletrônicos, dos videogames
e dos jogos de computador na vida de jovens e adolescentes é uma importante
habilidade a ser desenvolvida por meio deste eixo temático.
Enfim, é isso... espero que está breve
matéria sirva para lhe instigar à prática do Xadrez ou reavivar em quem já é
adepto ou adepta do esporte a ‘chama’ que nos impele a buscar novas
estratégias, jogadas ou percepções diante do ‘mar’de possibilidades que o Xadrez coloca a nossa disposição e
despeço-me de você deixando algumas referências.
Abraço e até a próxima!
Para
quem pretende conhecer ou baixar a Proposta Curricular de Educação Física – CBC
– Fundamental – 6º ao 9º - basta acessar o link:
No dia 09 de março de 2013 aconteceu em Uberlândia um movimento inédito, ou seja, um protesto que visou conscientizar a população local sobre os altos índices de violência contra a mulher. O presente movimento que nasceu no Canadá ficou conhecido como: MARCHA DAS VADIAS.
Como podemos perceber a manifestação reuniu vários tipos de protesto, indo da manifestação contra o capitalismo avançado à homofobia, embora o objetivo principal é o combate à violência. A manifestação contou a organização de vários coletivos, com integrantes feministas, antiautoritári@s, anticapitalista, que compõem a pluralidade de coletivos da Universidade Federal de Uberlândia. Tratou-se de um movimento extremamente politizado e de organização admirável.
POR QUE MARCHA DAS VADIAS
2012 - ALGUNS DADOS DA VIOLÊNCIA NO BRASIL:
7º PAÍSno ranking mundial de maior número de morte de mulheres.
42,5%o agressor é o parceiro ou ex-parceiro da mulher.
A Marcha teve o apoio da Polícia Militar e segundo o jornal Correio de Uberlândia, o presente acontecimento reuniu aproximadamente 500 manifestantes que reuniram-se na praça Clarimundo Carneiro, ao centro de Uberlândia e marcharam até o Fórum Abelardo Pena, na praça Professor de Jacy, próximo ao Terminal Central de Uberlândia. O dado acontecimento reforçou a importância de conscientizarmos uma parcela da sociedade que ainda entende este tipo de violência como crime, e que ainda
que tenhamos leis que objetivam proteger seres humanos da violência doméstica,
existe ainda as barreira do medo a ser ultrapassada. Romper com os preceitos
morais interiorizados por uma sociedade é um desafio colocado a toda e qualquer nação que almeja assegurar a dignidade humana e qualquer outro tipo de
liberdade ou igualdade.
Podemos concluir que
se um ou os indivíduos tem seus direitos respeitados em uma sociedade democrática, como a contemporânea, estes direitos vieram a duras penas e sacrifício de uma parcela
dessa sociedade e que embora esta seja chamada de democrática, ela partilha
muito do conceito de tirania presente mesmo na instauração da democracia ainda na Grécia Antiga.
Seguem algumas fotos que podem ser encontradas no endereço: http://marchadasvadiasudi.tumblr.com/
SEGUE UM DOS FOLDER'S DE DIVULGAÇÃO VIRTUAL PARA A PREPARAÇÃO DA MARCHA:
UMA DAS MÚSICAS CANTADAS DURANTE A MARCHA FOI:
"Vamos lá mulherada pra rua
Quero ver essa saia rodar
Entoando um canto de luta
Se movendo pra o mundo mudar
Desse jeito é que começa rodando a saia, largando o fogão
Rompendo com a velha estrutura
Pois queremos a libertação!
Rompendo com a velha estrutura
Pois queremos a transformação!"
REFERÊNCIAS:
MARCHA DAS VADIAS. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foudation, 2013. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Marcha das Vadias&oldid=33630206> Acesso em: 22 mar.2013.
MARCHA DAS VADIAS. In: <http://marchadasvadiasudi.tumblr.com/> Acesso em: 22 março 2013.
PACHECO, pablo. Marcha das vadias pela primeira vez em Uberlândia reuniu 500 manifestantes. Correio de Uberlândia. Uberlândia, 09 março 2013. Disponível em: <http://www.correirodeuberlandia.com.br/cidade-e-regiao/marcha-das-vadia-pela-primeira-vez-em-ubelandia-reuniu-500-manifestantes/> Acesso em: 22 março 2013.